Carta Para Naara Campelo

Junho de 2007. Cantávamos no coral da igreja Assembléia de Deus,e naquela noite de sábado estávamos indo nos apresentar na Igreja Batista el Betel. Não podíamos imaginar que a partir de um pisão da Naara em meu pé direito,atingindo o meu segundo pododáctilo,que de tão violento a unha caiu meses depois, nasceria nossa amizade. Isso soa engraçado, mas na hora não foi. Doeu e muito. Mas eu não gritei. Bem que poderia. Tentei ser educada o máximo que pude. Toquei em seu ombro e falei: moça, o meu dedo está doendo, o seu salto está em cima dele. Tamanho foi o seu susto. Ela desculpou-se, e logo em seguida tomou assento ao meu lado e demos início a um bom bate papo. Pronto. Depois daquela noite, nos tornamos grande amigas. 

Daquela "memorável" noite já se passaram quase 06 (seis) anos,mas parece que foi há mais tempo. Porque tem gente que é assim, nos dá essa segurança, essa confiança, a ponto de nos sentirmos em casa. Porto seguro.  Isso mesmo. Porto seguro.Alguém que a gente vai sempre poder contar.E é assim que tem sido.

Talvez, se as palavras não engasgassem tanto ou se minha língua não ficasse tão presa, eu poderia expressar e enaltecer a amiga que você é. Mas acredite,o meu silêncio me deixa tão confortável e é tão gritante, que você poderá ouvi-lo lhe dizendo o que eu não sei falar, escrever ou demonstrar. 

Nós sabemos melhor que ninguém que todas as nossas diferenças, as muitas brigas que já tivemos, os sorrisos que já sorrimos, das alegrias que já compartilhamos e os momentos tristes só fortaleceram e fortalecem a nossa amizade a cada dia. São essas coisas que me levam a ver e a entender que a vida não tem garantias. Que são nos momentos que menos esperamos que surgem pessoas sensacionais, singulares e únicas como você.

Se daqui a 25 anos, sei lá, ou até mesmo em pouco tempo, a vida nos propor direções diferentes. Eu sei que  terei sempre uma alegria, uma lembrança, uma saudade, uma amiga, uma irmã:  V O C Ê 

F E L I Z   A N I V E R S Á R I O