Naquele dia, como nunca antes havia feito, ele parou para observar a beleza de sua amada.
Emprestou o seu tempo e repousou os olhos sobre ela.
A olhava com ternura, com candura, com espanto.
Um sorriso tímido lhe incorria e se misturava ao gosto do sal. Ficara liquido.
Respirou fundo, fez o gesto de quem queria falar algo, mas o silêncio insistiu e foi mais forte,
mais corajoso do que ele.
Ela chegou mais perto. Deu-lhe um sorriso meio triste, tocou o seu rosto e só.
Enquanto ele, inquieto, parecia se engasgar com as palavras.
Estavam mudos, petrificados. perdidos de si mesmos.
Ele tentou, ele bem que tentou.
-Eu...
-Você ? Exclamou ela, se enchendo de expectativas, seu rosto enrubescido.
Ele abaixou a cabeça, o coração já estava no chão. Mais silêncio.
Ela continuava ali, a lhe fitar os olhos, a fiar esperanças.
Ele tentou, como se fosse a última vez. E foi.
Ela não se conteve, desaguou em palavras e lágrimas.
Escancarou o seu coração e fez fluir um rio de sentimentos.
Ele se afogou. Não sabia nadar nesse imenso e vasto mar. Mar de amor.
Ela virou-lhe as costas e saiu caminhando vagarosamente.
Infelizmente, um amor não sobrevive de fraquezas.
(Val Santiago & Wendel Valadares)
Gratidão!!!
ResponderExcluirUm poema a dois! Primeiro que leio - ou que tomo conhecimento. E curti. Parabéns!
ResponderExcluir' Lindo de doer! *-*
ResponderExcluirO Wendel é composto de palavras, doces palavras. Teve todo o cuidado de tecer, acrescentar palavras, título, imagem... Tou muito agradecida!
ResponderExcluir' Já fiz isso.. O outro da ao que temos em mente rumos inteiramente diferentes.. e o seguimos! É delicioso escrever assim!
ResponderExcluirFazem anos.. Guardo até hoje.